segunda-feira, 2 de abril de 2018

A caça aos ovos da Páscoa

Todos anos a Madrinha (Titi) do Tomé organiza uma caça aos ovos. 2018 não foi exceçção.

Há um mapa, com imagens dos locais onde ele tem que procurar e quando se dá início à procura é o êxtase! É a verdadeira procura pelo tesouro.

De local em local ele lá vai procurando e vamos dando dicas de quente ou frio, cada vez que põe os olhos num ovo fica tão feliz, é delicioso acompanhar esta caminhada da caça aos ovos. Um a um lá os vai entregando à Madrinha para colocar na caixa dos ovos que nos fim vai estar cheia. A parte de os comer tem que ser racionada senão….

A Páscoa tem caractér religioso e continua a ser festejada com a entrada do compasso na nossa casa e ele também beijou a cruz e levou com a água benta, achou o máximo. Espero que, tal como eu, tenha belíssimas memórias de infância e as da Páscoa obrigatoriamente incluem estrear roupa nova e receber o compasso, que assim seja com ela também.


segunda-feira, 17 de julho de 2017

O primeiro casamento

O primeiro casamento em que o Tomé foi convidado, foi também aquele em que ele levou as alianças aos noivos.

Havia uma grande ansiedade em saber se ele ia ou não entrar à frente da noiva, como era suposto. Tinha a companhia de uma linda menina das alianças, uma autêntica princesa, muito comunicativa e bem-disposta. 

Na hora H, os dois se posicionaram em frente da noiva de braço dado com o seu pai e ambos estavam algo assustados. A pequena doce menina, da mesma idade dele, já tinhas as lágrimas nos olhos tal era a pressão de uma enorme igreja cheia de gente, a parafernália de fotógrafos e a mãe a ultimar as instruções. Eu tive que dar uma ajuda com o vestido da noiva e acabei por deixar o meu pequeno príncipe entregue à mãe da menina, acho que acabou por ser melhor assim.

Lá começou a música e eles avançaram sob a voz de comando de uma mãe determinada em que tudo corresse bem. Eu corri pelo lateral da catedral para chegar lá em cima mais ao menos ao mesmo tempo deles, ainda tive que incentivar o Tomé a avançar até ao fim do caminho que tinha para percorrer. E ele lá foi, sentou-se ao pé da avó e ali assistiu à cerimónia. No momento de dar as alianças, não conteve a tamanha vergonha que sentia e deixou-se ficar bem encolhido no banco, nem um dedo mexeu.

Passada a pressão da tarefa difícil que tinha em mãos, fomos para a quinta, a grande festa. As primeiras duas horas, passou-as a dormir no carrinho numa sombra agradável e fresca. Acordar num local desconhecido, cheio de gente à volta dele, não foi fácil, mas com a ajuda de quem o dobra bem, a minha querida prima Joaninha, ele lá foi até ao parque infantil e alinhou em meia dúzia de brincadeiras.

Seguiu-se o almoço, portou-se bem, comeu o arroz que lhe apeteceu, até não poder mais. Lá se foi desinibindo às pessoas que o vinham cumprimentar e chamar. Surpresas para os noivos, música e mais música e assim que tomou o gosto da dança e do palco, foram horas a fio, a dançar sem parar. Eram 3:50 quando saímos da festa e ele parou, escusado será dizer que dormir seguido até às 14:30 da tarde do dia seguinte.

O Tomé foi menino das alianças a convite do tio Tiago e da noiva Renata, sei que terá muito orgulho em dizer que foi o menino das alianças daqueles tios que ele tanto gosta. Naquele dia, porque a Renata estava com um lindo vestido mas fora do comum, o Tomé teve uma vergonha enorme e não conseguiu chegar-se para ela. Ele dizia que ela era uma noiva linda mas que não queria chegar perto, talvez fosse tecido a mais para ele… mas o que é certo, é que ela estava linda.

Nas duas semanas seguintes, falava constantemente no casamento, tivemos direito a assistir à versão de beijo de noivos do Tomé, “põe a cabeça de lado e o outro dá assim o beijo…” semicerrando os olhos dava-nos uns longos beijos apaixonados imitando os noivos. Eles estavam longe em lua-de-mel, quando lhe disse que os tios tinham voltado e que íamos estar com eles a pergunta dele foi: “A tia Renata já não vai estar vestida de noiva pois não?” Cobriu-os de beijos e abraços, tantas eram as saudades.

Dificilmente se vai lembrar deste dia quando crescer, mas com toda a certeza vai saber que foi um grande dia, que teve um papel muito importante e que se divertiu imenso.


sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Um susto chamado Sinovite


Que grande susto este que nos abalou 5 dias antes do Natal.
Umas dores numa perna que inicialmente desvalorizamos pois parecia teatro, nesta fase dos 3 anos, ser teatral é normal e aumenta de intensidade de dia para dia. Eram dores numa perna, para a quais encenou uma queda com o amigo cão de peluche, algo que ninguém viu e que no momento nem sequer chorou.
Afinal não tinha era havido qualquer queda.
A noite foi má com dores cada vez que tinha que se mexer, não descansou nem permitiu descanso a ninguém. Logo bem cedo pela manhã liguei ao Pediatra, o magnífico Dr. Pedro Araújo Jorge, que perante o cenário que descrevi, me disse de imediato que se trataria de uma Sinovite ou uma artrite infantil, a ser a Sinovite estaríamos perante algo simples e fácil de resolver, a ser a artrite era algo grave.
Fomos de imediato para o consultório e após uma primeira análise tudo indica a Sinovite, avançamos para a ecografia, fica confirmada presença de líquido no joelho e na anca. Temos em mãos o melhor cenário, tratável somente com anti-inflamatório e ao fim de 3 dias estaria bem.
Assim foi e passados 3 dias o Tomé já saltava e brincava de joelhos, sem se queixar de dor. Mesmo assim repetimos a ecografia passado uma semana, para garantir que não havia líquido por eliminar, felizmente tudo correu bem, não há certezas de que não volte a acontecer, isso é a parte pior, mas pelo menos não é assim tão complicado de se resolver. Há casos em que é preciso intervenção para remover o líquido, felizmente não foi o dele. A Sinovite é comum em crianças, isto foi o que o DR. nos disse, nunca tinha ouvido falar mas fica o aviso para pais que possam estar perante a mesma situação, passa rápido, só é mesmo fundamental que seja bem diagnosticado e tratado de imediato.
Não deixou de ser um grande susto e uma enorme agonia, ter o nosso pequeno sarrapisco sem conseguir andar, sentado no sofá a brincar conforme podia.
Se fosse a artrite, bem, ai teríamos que ter avançado para cirurgia… nem quero pensar num cenário desses.
Quem tem filhos sofre com eles.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Natal 2016


Quem tem filhos tem magia no Natal, tem uma alegria que a nada se compara e que faz qualquer mãe e pai transbordar de tanta felicidade.
Foi um natal excelente junto da familia e com um certo exagero de presentes… mas como controlar totalmente a quantidade de presentes? Não é fácil.

Para o nosso Tomé foi uma grande alegria, foi ir dormir tarde e acordar cheio de vontade de ir brincar com os brinquedos novos. Olhar para ele a dizer-me: "Mamã olha tantos brinquedos que eu recebi…" com  aquele ar de felicidade totalmente espontâneo e genuino.
Brincou, saltou, tirou imensas fotografias com a sua máquina nova, adorou ter a casa cheia de pessoas que ele gosta, foi realmente muito bom.

É inevitável que nestes  momentos não nos passe pela cabeça que há tantas crianças no mundo que deixam de o ser e nunca vão ter esta felicidade, nunca vão poder sorrir genuinamente porque estão felizes, em paz e em segurança. Todas, sem exceção, deviam poder sentir a alegria do Natal e a magia que ele traz.
Paz para o mundo e sossego no coração daqueles que mais precisam, a todas as crianças do mundo desejo que possam um dia sentir isto.

Quem tem filhos, tem magia no Natal e também tem dor pelos que nada têm.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Adeus fralda

Finalmente lá se foi a fralda!

A caminhada começou em Abril com a cueca-fralda e depois foi toda uma jornada de pequenas conquistas que fomos conseguindo atingir.

No final do mês de maio comprei os dois últimos packs de fraldas, eram 88, foram maioritariamente usadas de noite e para dormir na creche. Ainda tenho algumas que sobraram.

No inicio de julho, ao fim de 5 noites a acordar com a fralda completamente seca, decidi tirar-lhe a fralda de noite e foi mais fácil do que tirar de dia. Correu super bem, até agora, só fez 3 vezes xixi na cama (o que acho normal) e sempre com circunstâncias externas anómalas, ou porque bebeu muita água, ou porque se recusou a fazer xixi antes de se deitar.

De dia ainda tive muitos xixis e cócos na cueca mas de um momento para o outro, já na semana de 22 de Agosto ele decidiu começar a pedir, e foi a alegria máxima dos pais avós e tios! 

Está a ficar crescido o nosso menino, já são quase 3 anos de vida e tantas histórias e aventuras já há para contar.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Largar a fralda


Está a ser uma aventura e tanto!

O Tomé tem 33 meses, quase 3 anos e está na hora de largar a fralda, assim o diz a sociedade e o nosso bolso, no que diz respeito ao que se gasta em fraldas.
Antes dos 2 anos e meio começamos com fralda cueca, a incentivar, a explicar e incutir que o xixi e o cocó são para fazer como o papá e a mamã, na sanita, ele lá foi fazendo, na conversa ou a ver uns vídeos no telefone, lá foi correndo bem muitas vezes. Depois, quando o bom tempo começou a chegar, por volta de Maio, começamos com a cueca normal… e quanta cueca já lavei.
Há cerca de 3 semanas, depois de uma semana inteira em que de manhã a fralda está seca e imaculada, decidi que não iria dormir mais com fralda e assim tem sido. Fez um único xixi na cama à terceira noite e não voltou a fazer. Ou seja de noite está resolvido, agora de dia a conversa é outra.
Pede para fazer xixi uma vez de vez em quando, fora disso sou eu que ando atrás dele: “Queres fazer xixi?” e lá vamos a correr para a sanita. Quando falamos do nº 2  já falamos de muita cueca suja de castanho que de imediato fica de molho com detergente no bidé L Esta parte vai ser mais difícil!

Cada coisa a seu tempo e não vou desesperar mas é uma fase muito stressante, que causa muito cansaço, espero pelo momento em que vou dizer que compensou e que já pede para fazer tudo na sanita sem pingas nas cuecas.
Quem tem filhos, tem cuecas sujas para lavar! Mãe sofre!

segunda-feira, 4 de abril de 2016

30 meses de pura paixão

É um enorme encantamento que sinto sempre que olho para ele, é regenerador para qualquer pessoa apreciar aquelas mãos pequeninas a fazer as tarefas mais engraçadas, aquela cara redondinha carregada de expressividade é absolutamente deliciosa e inebriante.
Já vamos a caminho dos 3 anos, por esta altura já quase deixamos de contar os meses, são 2 anos e meio, quase 3.
Ele é inteligente, esperto, desinibido, falador (muito muito tagarela), cheio de vida e ao mesmo tempo cheio de carinho para dar. Muito espontâneo, sem contar lá vem um abraço e um beijo entre as lutas de espadachim a brincar ao dartacão.
É muito musical, adora cantar, sabe várias músicas inteiras, a do dartacão, a roda do autocarro, o coelhinho, músicas de natal, era uma velha que morava numa ilha, são tantas que lhes perco a conta. Agora anda apaixonado por uma muito tradicional: já passei a roupa a ferro, já passei o meu vestido, amanhã vou-me casar e o Tomé é o meu marido, todos me querem e eu quero só um, quero o meu amor e não quero mais nenhum, todos me querem e eu quero alguém, quero o meu Tomé e não quero mais ninguém… e non stop lá está ele a cantar e a dançar.
Adora brincar com legos e fazer grandes torres que exibe com grande orgulho: Mamã anda cá ver o que o Tomé fez! – e eu vou com muito prazer. Gosta muito de mostrar tudo o que faz, gosta de cantar e no final receber palmas, tocar uma música no piano e ter os seus aplausos. Às vezes brinca sozinho mas não sempre, gosta muito de ter companhia para brincar, seja mamã, ou papá ou mesmo a titi, quer é ter alguém. Às vezes estou a fazer o jantar e lá vem ele pedir: Mamã anda brincar com o Tomé, no quarto do Tomé – e nem sempre consigo ir, mas esforço-me por estar lá nem que seja só um bocadinho, ele merece.
Gosta de comer, a sopa deverá ser o seu prato preferido, então quando tem os ingredientes secretos é que ele gosta. Adora arroz, e um bifinho de frango grelhado com limão cai que nem ginjas!
É um menino delicioso e feliz, acima de tudo muito feliz.